A incidência de câncer de mama é alta. Em cada 8 a 10 mulheres, uma desenvolverá a doença no decorrer da vida. Essa possibilidade se torna mais marcante ainda, inclusive nos homens, em famílias portadoras de mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Nem todos os familiares herdam a mutação genética. No entanto, as mulheres que a herdaram têm risco muito aumentado de desenvolver câncer de mama e/ou de ovário.
Algumas características devem chamar a atenção sobre a presença desses genes deletérios que podem ser transmitidos pelos dois sexos. Em geral, o câncer familiar incide em pessoas jovens, às vezes com menos de 30 anos, o que é raro acontecer nas mulheres sem mutação. Além disso, pode manifestar-se nas duas mamas ao mesmo tempo ou com um pequeno intervalo entre uma e outra. Câncer de ovário nas mulheres da família e câncer de mama nos homens são outros fatos que devem chamar atenção sobre a presença da mutação.
Uma vez constatada a presença dos genes alterados BRCA1 e BRCA2 nos exames de “Detecção de Mutação Genética”, se a mulher estiver de acordo, a melhor indicação é a cirurgia profilática para a retirada das mamas e dos ovários, por volta dos 35, 40 anos, ou seja, depois que ela teve e amamentou os filhos. Antes disso, deve permanecer sob contínuo e intensivo acompanhamento médico e fazer exames específicos como mamografia a partir dos 25 anos e ressonância nuclear magnética. Este último possibilita a análise mais detalhada das mamas, o que facilita a localização de nódulos e o diagnóstico precoce.
O Laboratório Dirceu Dalpino realiza a coleta e envio deste exame em parceria com os Laboratórios Gene/MG e Fleury/SP.
Fonte: Site do Dr. Drauzio Varella em entrevista com Dr. Sergio Daniel Simon, médico oncologista e pesquisador, trabalha no Hospital Albert Einstein de São Paulo (SP).
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